A bomba rebentou na tarde da última sexta-feira (hora de Lisboa): as autoridades americanas decidiram fechar o banco Silicon Valley Bank (SVB) depois de uma corrida aos depósitos com os clientes a tentarem levantar mais de 40 mil milhões de dólares (cerca de um quarto do total) e a incapacidade de o banco encontrar novo capital. A falência de bancos não é, em si mesma, um acontecimento estranho na vida das economias. Mas num ano de abrandamento económico – em que a recessão espreita ao virar da esquina – a notícia deixou os investidores nervosos em todo o mundo. Até porque, pouco depois, no fim de semana, um segundo banco – o Signature Bank ligado às criptomoedas – acabou por colapsar também.
Os reguladores e as autoridades americanas têm assegurado que a situação está controlada. Mas, em pouco tempo, já houve avanços e recuos suficientes para deixar os mercados nervosos. Primeiro, apenas os depósitos até 250 mil dólares estavam protegidos. Agora são todos. As bolsas tiveram perdas na sexta-feira passada – os principais índices americanos caíram entre 1% e 2% – e no arranque desta semana – às 13.30 horas desta segunda-feira – as praças europeias estavam todas no vermelho. Em Lisboa, o PSI-20 perdia 2,6%.
O fantasma do Lehman Brothers regressa sempre para assombrar os mercados quando algo de grave se passa em algum banco. Foi o colapso daquele banco de investimento, em setembro de 2008, que desencadeou a fase mais grave da crise financeira internacional. Têm sido muitas as vozes a garantir que as situações não são comparáveis. Saiba o que está em causa neste conjunto de perguntas e respostas.
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