O investimento do Banco Europeu de Investimento (BEI) em Portugal foi de 1,7 mil milhões de euros em 2022, 0,8% do produto interno bruto (PIB) nacional, recuando face ao valor recorde de 5,3 mil milhões de euros em 2021, ano em que a instituição foi chamada a mitigar os efeitos do fecho das economias com a pandemia da covid-19.
Em conferência de imprensa, o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, realçou que Portugal é o 6.º país com maior valor de investimento, entre empréstimos e garantias, em razão do PIB, em 2022, entre os 27 Estados-Membros. É um montante que regressa aos valores de 2019, ano em que o BEI tinha aplicado 1,6 mil milhões de euros de fundos em Portugal; e à média do período 2014 e 2019, de 1,7 mil milhões de euros anuais.
Os anos de pandemia da covid-19, declarada em março de 2020, e com restrições que se prolongaram ao ano seguinte, inflaram os números relativos ao investimento do BEI nesses anos, com o apoio à liquidez das empresas a tomar a dianteira.
Entre setores, o BEI investiu 650 milhões de euros em projetos na área da energia; 367 milhões de euros para projetos em cidades e regiões sustentáveis; 470 milhões de euros em pequenas e médias empresas (PME) e mid-caps (empresas de capitalização média).
Do Fundo Europeu de Investimento, subsidiária do BEI para investimento em veículos de capital de risco, foram aplicados, por instrumentos de capital, 137 milhões de euros, com um ano recorde no investimento em equity, de 123 milhões de euros, através de cinco operações com veículos de capital privado (private equity) e de capital de risco (venture capital) portugueses.
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