Sistema financeiro

BEI atinge recorde de financiamento à energia e à economia verde

Werner Hoyer
Werner Hoyer
Anadolu Agency/Getty

Em 2022, o Banco Europeu de Investimento destinou 17,06 mil milhões de euros para projetos de energia sustentável dentro da União Europeia. O financiamento global do grupo foi de 72,5 mil milhões de euros

O grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou, no ano passado, um montante recorde em novos financiamentos para energias renováveis, eficiência, armazenamento e redes, segundo anunciado esta sexta-feira em comunicado. Foram 17,06 mil milhões de euros para projetos de energia sustentável dentro da União Europeia (UE).

Estes financiamentos vão ao encontro do compromisso da UE de assegurar o acesso a energia a preços acessíveis numa altura em que, devido à invasão russa da Ucrânia, o mercado da energia tem sido abalado pelo aumento dos preços e ameaças de escassez.

O financiamento deu-se na altura em que o BEI “começou a lançar um pacote especial de apoio ao plano REPowerEU para acabar com a dependência das importações de combustíveis russos”.

Segundo a nota, o financiamento global do grupo BEI (Banco Europeu de Investimento e Fundo Europeu de Investimento) assinado em 2022 foi de 72,5 mil milhões de euros, que deverá apoiar cerca de 260 mil milhões de euros em investimento e criar 950 mil postos de trabalho até 2026. Quase metade dos empréstimos do BEI na UE (46%) foram assinados para projectos em regiões do bloco.

“O banco da UE está a utilizar todo o seu poder de fogo financeiro para amortecer as consequências económicas da agressão injustificada de Putin e lançar as bases para uma recuperação sustentável”, disse o presidente do BEI, Werner Hoyer, citado na nota.

O BEI Global assinou 9,1 mil milhões de euros em novos financiamentos em 2022, elevando o total das operações do braço do BEI para parcerias globais lançadas há um ano para 10,8 mil milhões de euros, indica ainda a nota do grupo.

Quanto ao financiamento verde, houve um aumento para 36,5 mil milhões de euros (58% do total), “o que significa que o Banco cumpriu o seu compromisso de dedicar pelo menos metade dos seus recursos à acção climática e à sustentabilidade ambiental, muito antes do seu objectivo de 2025”.

"Numa altura em que os Estados Unidos estão a lançar o maior programa de subsídios verdes da história, é imperativo que a Europa mantenha e mantenha o rumo, tanto para o bem do nosso planeta como para salvaguardar a competitividade das nossas economias", assinalou o presidente.

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