Semanário: CGD tem três pisos da sua sede para arrendar (ao Governo ou a quem der mais)
Governo interessado em concentrar serviços, em Lisboa. Processo demorará sempre meses e exigirá obras.
Governo interessado em concentrar serviços, em Lisboa. Processo demorará sempre meses e exigirá obras.
A sede da Caixa Geral de Depósitos ficou grande demais para o banco, e está a sobrar o equivalente a três pisos, pelo menos cerca de 20 mil metros quadrados, segundo apurou o Expresso. Um espaço que o Governo gostaria de ocupar para concentrar um conjunto de serviços centrais dos ministérios, como admitiu esta semana o primeiro-ministro. Mas o processo não é chave na mão, nem será para já.
São 15 pisos espalhados por 173.600 metros quadrados de área útil aqueles que compõem o edifício da Caixa na Avenida João XXI, em Lisboa, espaço que ficou mais vazio com o emagrecimento do quadro de pessoal do banco.
Em busca de eficiência, Paulo Macedo, presidente do banco público, fez saber há mais de dois anos que era importante rentabilizar o espaço morto do edifício sede. Para lá até levou o banco de investimento CaixaBI, que tinha uma sede autónoma, ao pé da Avenida da Liberdade, que paga uma renda à casa-mãe.
Em maio de 2021 o Governo mostrou-se interessado, mas a queda do Executivo atrasou o processo. Esta semana, António Costa recordou estar em análise “a concentração dos serviços do Governo, eventualmente no atual edifício sede da CGD”. A centralização de uma série de “serviços centrais da quase totalidade dos ministérios num único edifício permitirá muitas sinergias, com uma melhor articulação do trabalho em equipa”, adiantou Costa. Os serviços mais horizontais que podem fazer parte da nova orgânica do Governo fariam sentido neste espaço.
Existem vários interessados, disse ao Expresso fonte próxima do processo, mas ainda vai demorar alguns meses até fechar o dossiê: será preciso chegar a um acordo; quem ficar com o espaço terá de fazer obras e assegurar a segurança, de forma a que o espaço arrendado fique independente da área afeta à Caixa. Contactada, a CGD não quis comentar.
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