O indicador de referência para os preços mundiais dos alimentos subiu em fevereiro, atingindo um máximo histórico, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgados esta sexta-feira.
O Índice de Preços de Alimentos da FAO registou uma média de 140,7 pontos em fevereiro, o que corresponde a um aumento de 3,9% em relação a janeiro. Este índice acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais das matérias-primas básicas para a alimentação.
Como este indicador mede os preços médios ao longo do mês, “a leitura de fevereiro incorpora apenas parcialmente os efeitos de mercado decorrentes do conflito na Ucrânia”, sublinham os analistas da FAO.
Foi na área dos óleos vegetais que o índice da FAO registou um aumento de preços mais acentuado, com uma média de 201,7 pontos em fevereiro – uma variação de 15,8 pontos (8,5%) face ao mesmo mês de 2021.
Este aumento, segundo a FAO, resultou principalmente da subida dos preços do óleo de palma, soja e girassol. Em fevereiro, os preços internacionais do óleo de palma aumentaram pelo segundo mês consecutivo devido a uma procura global sustentada, que coincidiu com a redução das disponibilidades de exportação da Indonésia, o maior exportador mundial de óleo de palma.
Produção mundial de trigo e milho deve aumentar em 2022
A FAO também divulgou esta sexta-feira o seu mais recente estudo sobre oferta e procura de cereais, onde faz já uma previsão da produção mundial de cereais em 2022.
Assim, e segundo a FAO, “a produção global de trigo deve aumentar para 790 milhões de toneladas, com elevado rendimento nas culturas extensivas da América do Norte e da Ásia, compensando uma provável ligeira diminuição na União Europeia e o impacto adverso das condições de seca nas colheitas em alguns dos países do norte de África”.
A colheita de milho começará em breve no hemisfério sul, segundo a FAO, e com a produção do Brasil a atingir um recorde e ainda com as produções na Argentina e na África do Sul acima de seus níveis médios.
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