Foi a 12 de janeiro que surgiu a hipótese de um grupo de investidores portugueses, representados por Diogo Freitas, presidente da Officetotal Food Brands - empresa que fabrica as famosas bolachas belgas -, comprar alguns dos meios de comunicação social do grupo Global Media. Na altura a empresa vivia num clima de enorme incerteza, que ainda não está totalmente afastado, com uma guerra de acionistas que opunha os minoritários ao fundo de investimento World Opportunity Fund, que controla a maioria do capital. As trocas de acusações e ameaças de processos afetaram a gestão e rapidamente se percebeu que era preciso encontrar uma solução que estabilizasse financeiramente a empresa e levasse à regularização dos pagamentos em atraso, nomeadamente os salários aos trabalhadores.
A confirmação do acordo surgiu a 3 de fevereiro, primeiro com um princípio de entendimento, e depois com a assinatura do memorando de entendimento a 6 de fevereiro. O acordo final está dependente da autorização dos reguladores mas também da confirmação da saída do World Opportunity Fund do capital do grupo. Marco Galinha, presidente do conselho de administração a Global Media e seu acionista com 17,59% por via indireta, tem sido o interlocutor do fundo. Foi este empresário, proprietário do grupo BEL, que em setembro vendeu a maioria do capital ao fundo de investimento registado nas Bahamas, mantendo-se seu parceiro na Páginas Civilizadas, empresa que tem 50,25% da Global Media e na qual o fundo detém 51%. Mas depois começou a correr tudo mal, como admitiu recentemente em entrevista ao Público.
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