Indústria

Stellantis soma prejuízo de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre, pressionada pelas tarifas nos EUA

Stellantis soma prejuízo de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre, pressionada pelas tarifas nos EUA

O grupo automóvel admite que no conjunto do ano 2025 o impacto líquido das tarifas deverá rondar “aproximadamente 1,5 mil milhões de euros”

Stellantis soma prejuízo de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre, pressionada pelas tarifas nos EUA

Vítor Andrade

Coordenador de Economia

O gigante automóvel Stellantis anunciou esta terça-feira um prejuízo de 2,3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que contrasta com um lucro de 5,6 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2024.

Em comunicado, o grupo automóvel liderado por Antonio Filosa (que sucedeu ao português Carlos Tavares), nota que este declínio “foi impulsionado principalmente pelas regiões da América do Norte e Europa alargada, parcialmente compensado pelo crescimento na América do Sul”, mas também se ficou a dever aos “impactos das taxas de câmbio desfavoráveis, tarifas e quedas nos volumes da indústria europeia de veículos comerciais ligeiros”

O grupo (que gere 15 marcas automóveis) registou uma quebra homóloga de 13% nas receitas líquidas, que se cifraram em 74,3 mil milhões de euros, contra 85 mil milhões contabilizados no mesmo período de 2024.

A Stellantis refere ainda no comunicado desta terça-feira que “atualiza a sua estimativa do impacto líquido das tarifas em 2025 para aproximadamente 1,5 mil milhões de euros, dos quais 0,3 mil milhões de euros foram registados no primeiro semestre de 2025”.

O presidente executivo do grupo, Antonio Filosa, reconhece que 2025 “está a revelar-se um ano difícil”, mas que também tem apresentado “melhorias graduais”. E nota ainda que “os sinais de progresso são evidentes quando comparamos o primeiro semestre de 2025 com o segundo semestre de 2024, na forma de melhores volumes, receitas líquidas, apesar do agravamento dos fatores externos adversos”.

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