O roseiral da Casa Branca nunca tinha sido palco de uma mistura entre um show de assinatura de ordens executivas ao ar livre com um comício. Mas este estilo presidencial inaugurou-se a 2 de abril no já batizado “Dia da Libertação na América”. Em menos de uma hora, Donald Trump colocou em vigor uma tarifa (taxa alfandegária) de 25% sobre todas as importações de automóveis, anunciou para 5 de abril uma taxa geral de 10% sobre todas as importações venham de onde vierem e um lote de taxas recíprocas que vão até 50% a partir de 9 de abril para 57 parceiros considerados “os piores infratores”, incluindo a União Europeia no seu todo.
Na sua retórica inflamada, Trump acusou os países exportadores de “brutalizarem” a América e chamou ao palco um operário de Detroit, membro do poderoso sindicato United Auto Workers (UAW), para aplaudir o regresso prometido à glória da Ford e da General Motors, que, no mesmo preciso momento, registavam quebras no mercado de futuros em Wall Street à medida que o presidente falava.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: Cesteves@expresso.impresa.pt