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"Deixámos de ser concorrentes quando um cliente jogou connosco para descer preços": como "casaram" duas empresas de cerâmica de Alcobaça

João Xavier e Carla Moreira na Ambiente, em Frankfurt
João Xavier e Carla Moreira na Ambiente, em Frankfurt

Para duas empresas de cerâmica decorativa de Alcobaça, a palavra-chave nos negócios é “coopetição”. “Unimo-nos para defender preços e evoluímos assim”, explicam os responsáveis da Arfai e da Jomazé, que recentemente foram a Frankfurt em busca de novos negócios

A Arfai e a Jomazé, duas empresas de cerâmica decorativa de Alcobaça, são um caso único nas feiras internacionais, com nomes e produtos lado a lado, no mesmo stand, como se o dono fosse o mesmo. “Deixámos de ser concorrentes quando percebemos que um cliente estava a jogar connosco para baixar os preços. Percebemos que tínhamos tudo a ganhar na cooperação e passámos a ser coopetidores”, conta João Xavier, fundador da Jomazé, ao lado de Carla Moreira, presidente da Arfai e “parceira” desde 2009.

“Unimo-nos para defender preços e contornar a pressão do cliente italiano e evoluímos assim, com coleções feitas pelos designers das duas empresas, em conjunto, e peças comuns, cada um com os seus clientes, que às vezes se cruzam”, refere o empresário e designer da Jomazé sobre este “casamento” bem sucedido na indústria portuguesa de cerâmica.

“Com cooperação conseguimos reduzir custos e diversificar produção. Não podemos ter medo de mudar nem de trabalhar em conjunto”, acrescenta Carla Moreira, à frente da fábrica que fundou com o marido há 30 anos, quando casaram.

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