Têxteis: junho traz recuperação ligeira nas exportações

Ao sexto mês, as vendas da fileira têxtil ao exterior aumentaram 1%, apesar das quebras nos EUA e em Espanha
Ao sexto mês, as vendas da fileira têxtil ao exterior aumentaram 1%, apesar das quebras nos EUA e em Espanha
Jornalista
Em junho, as exportações da indústria têxtil e do vestuário somaram 526 milhões de euros, o que reflete um crescimento homólogo de 1,7% face ao mês homólogo e “uma ligeira recuperação” face aos meses anteriores, indica a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, com base nos números do INE.
Em volume, o sector continua a cair (7,5%), para as 42.591 toneladas, a refletir quebra de encomendas e consumo. Mesmo assim, foi a segunda quebra mais baixa num ano que tem tido perdas mensais em quantidade entre os 2,1% de março e os 19,9% de abril.
No semestre, os têxteis e vestuário exportaram 3, 053 mil milhões de euros, 3% abaixo do mesmo período de 2022. A quebra em volume é de 10% (260 mil toneladas exportadas).
Em termos de grandes categorias de produtos, as exportações de matérias têxteis caíram, em junho, 7% em volume e 1% em valor, as exportações de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados tiveram quedas de 9% em volume e 17% em valor, enquanto o vestuário exportou menos 8% em volume, mas registou um ganho de 9% em valor.
No ranking dos 10 maiores mercados, França, no segundo lugar, apresenta o melhor desempenho, com um crescimento de 7,5 milhões de euros (+9%) para 88,7 milhões de euros, seguida da Alemanha, na terceira posição, com 48,3 milhões de euros (+11% ou 5 milhões de euros), para os 48,3 milhões.
Espanha continua a ser o maior cliente dos têxteis nacionais, apesar de ter fechado junho com perdas de 3% ou 3,3 milhões de euros em valor, nos 114,3 milhões, a acompanhar a maior descida em volume do top 10 (-21% ou 2.460 toneladas).
Os EUA, na quinta posição, atrás de Itália, também se destacam em junho pela negativa: apresentam a maior quebra homóloga em valor (-5,7 milhões de euros ou -14%), para os 35,9 milhões de euros.
Em termos globais, as exportações estiveram em recuo. Em junho, Portugal exportou 6,8 mil milhões de euros em bens e serviços,menos 3,4% do que um ano antes. As importações também se contraíram, levando a uma retração do défice da balança comercial.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt