Indústria

Exportações portuguesas de componentes automóveis cresceram 21,9% em maio

Exportações portuguesas de componentes automóveis cresceram 21,9% em maio
JOSE SENA GOULÃO/LUSA

A indústria portuguesa de componentes automóveis registou em maio a 13ª subida consecutiva das vendas ao exterior

As exportações portuguesas fecharam maio a cair 6,9% face a período homólogo, mas a indústria de componentes automóveis contrariou esta tendência de quebra e acelerou pelo 13º mês consecutivo. O sector cresceu 21,9% face ao mesmo mês do ano passado, em linha com o acumulado desde de janeiro, que reflete um salto homólogo de 21,8%.

Em maio, o sector exportou mais de mil milhões de euros e, desde janeiro, o valor ronda os 5 mil milhões, indica a AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

Na distribuição geográfica das vendas ao exterior, 70% das vendas continuam a estar concentradas em cinco países - Espanha (1,4 mil milhões de euros), Alemanha (1,18 mil milhões), França (560 milhões), Eslováquia (224 milhões) e Estados Unidos da América (189 milhões).

Na comparação com os primeiros cinco meses de 2022, quatro dos cinco principais mercados crescem acima dos 22%. Apenas os EUA está em queda (-21%).

Ganhar quota de mercado

A AFIA destaca, ainda, que “as exportações dos componentes automóveis para países como a Espanha e a Alemanha estão a crescer mais do que a produção, ganhando assim quota de mercado nestes mercados. Aliás, entre janeiro e maio deste ano a produção em Espanha teve um aumento de 19,9% enquanto as exportações subiram 22,6%. Já na Alemanha a produção situou-se nos 27,1% contra os 28,6% das exportações”.

“Sem grandes alterações no panorama nacional e internacional no que se refere ao aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que continuam a acentuar a incerteza neste e outros setores, é importante relembrar que a indústria de componentes para automóveis mantém a sua consistência e resiliência, continuando a criar formas de se manter competitiva e continuar a ganhar quota de mercado às suas congéneres”, comenta a AFIA sobre o desempenho do sector.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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