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Preciso mudar de carro: será que está na altura de comprar um elétrico?

Preciso mudar de carro: será que está na altura de comprar um elétrico?
D.R.

Entre os que defendem que os carros movidos a gasóleo e a gasolina estão a ficar obsoletos e os que acham que a mobilidade elétrica ainda está no ‘início da viagem’, a decisão final é sua. O Expresso dá-lhe uma dúzia de argumentos para ajudar a escolher

Bruxelas quer por fim à venda de carros com motor a combustão a partir de 2035, mas a Alemanha e a Itália opõe-se a essa decisão e outros países podem seguir-se. Defendem a entrada no mercado dos chamados combustíveis sintéticos, com uma redução de emissões da ordem dos 85%, algo que Bruxelas não tinha acautelado. Ou seja, estamos perante um braço de ferro sem fim à vista. Pelo meio, vai aumentando a venda de carros elétricos mas, em toda a Europa, ainda só representam 1,5% dos veículos que circulam pelas estradas (já com os automóveis híbridos incluídos).

Já compensa comprar um carro elétrico?

Comparando friamente os preços, é fácil constatar que os carros elétricos custam, em média, mais 30% a 35% que os seus concorrentes movidos a combustíveis de origem fóssil, nomeadamente a gasóleo e a gasolina. Onde já se começa a notar alguma paridade de preços é nos modelos topo de gama de algumas marcas, já que, aquele que é o principal custo de um modelo elétrico [a bateria], acaba por ficar diluído no preço final do luxo que lhe está associado.

E se optar pelo meio termo e comprar um híbrido?

Durante muito tempo alguns analistas garantiam que os carros híbridos seriam o caminho para a mudança de paradigma na mobilidade automóvel. Eram apontados como o melhor de dois mundos: poluíam menos e, esgotada a bateria, nunca deixariam ninguém apeado, pois lá estaria sempre o outro motor, a gasóleo ou a gasolina, para assegurar o resto da viagem. Hoje, começa a ficar claro que os modelos híbridos só compensam se o seu utilizador estiver enquadrado num modo de vida associado a curtas deslocações diárias. Aí, sim, basta um carregamento noturno em tomada doméstica (o modo de carregamento mais barato) para ficar com energia suficiente para fazer 60/70 quilómetros no dia seguinte, apenas em modo elétrico. Acontece que nem toda a gente tem possibilidade de recarregar as baterias no sítio onde mora, durante a noite. Pior ainda é se o condutor tiver viagens médias e longas frequentes. Aí, a bateria serve de muito pouco – além de que rouba sempre algum espaço à bagageira.

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