O generoso alívio fiscal que o Governo quer lançar a quem tem até 35 anos, a avançar, seria recebido de forma diferente pelos 13 jovens deputados e dois cabeças de lista às eleições europeias. Quem está mais à esquerda (PS e Livre) receberia uma poupança no IRS entre os €9600 e €19.400 com um “amargo de boca”, pelas injustiças que a medida encerra. Quem está à direita (PSD e Chega) acolhe-a com aplausos, por revelar preocupação com a emancipação dos jovens. Já a IL critica a medida, por discriminar em função da idade, mas não vai opor-se a ela.
Então, e deixariam de emigrar por causa de um benefício fiscal? A maioria admite ao Expresso que não, embora os seus adeptos - sobretudo os do PSD, que sustenta o Governo - considerem que haja jovens que se sintam incentivados a ficar.
Já quanto ao destino a dar dinheiro as respostas já estão mais alinhadas. Comprar casa, ou amortizar o crédito à habitação, ou poupar são as respostas mais comuns entre os jovens deputados. Mas também há quem mobilasse a casa, pagasse o empréstimo do carro ou investisse.
Deixamos-lhe o questionário do Expresso aos 15 deputados potencialmente abrangidos por um superdesconto fiscal, ao qual todos, à exceção de uma deputada do Chega, responderam.
Bloco de Esquerda, PCP, PAN não têm deputados com menos de 35 anos, daí que não surja nenhum dos seus parlamentares. O mesmo para os cabeças-de-lista às Europeias, além da AD e Livre.
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