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Impostos

Estudo defende regresso do imposto sucessório para heranças acima de um milhão de euros

Estudo defende regresso do imposto sucessório para heranças acima de um milhão de euros

Alexandre Mergulhão, economista na Causa Pública, associação liderada pelo ex-ministro socialista Paulo Pedroso, argumenta que os impostos sobre o património são “menos distorcivos e mais progressivos". E que a maioria dos países da OCDE, e todos os países da União Europeia a 15 exceto dois (Áustria e Suécia), “têm um imposto sobre as heranças e doações”

Estudo defende regresso do imposto sucessório para heranças acima de um milhão de euros

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

“Apenas 4,2% do total da receita de Portugal tem como origem impostos sobre a propriedade, quando a média na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) é de 5,7%”, critica o economista Alexandre Mergulhão no estudo “A Fiscalidade em Portugal”, que foi promovido pela associação Causa Pública. O autor defende, nomeadamente, o regresso do imposto sobre as heranças.

Alexandre Mergulhão explica que dentro dos impostos sobre a propriedade estão todos aqueles que incidem sobre o património imobiliário, a riqueza (líquida de dívidas), as heranças, as doações, as operações financeiras e de capital e constata que, todos juntos, correspondem “apenas” a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal. Em França, exemplifica o economista, 8,7% do total da receita fiscal vem de impostos sobre a propriedade e outros países, como a Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Luxemburgo, Reino Unido e EUA, “recolhem mais de 10% da sua receita através deste tipo de impostos”.

Face à média da OCDE, “a receita fiscal em Portugal está especialmente dependente de impostos indiretos, nomeadamente o IVA que é responsável por quase 25% do total”, expõe Alexandre Mergulhão, no estudo promovido pela associação liderada pelo ex-ministro socialista Paulo Pedroso.

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