Impostos

Salário líquido vai subir para a maioria dos contribuintes: amanhã entram em vigor novas tabelas de retenção de IRS

Salário líquido vai subir para a maioria dos contribuintes: amanhã entram em vigor novas tabelas de retenção de IRS

As novas tabelas de IRS para o segundo semestre aproximam a retenção na fonte pelo Estado do imposto efetivamente devido, o que representa um aumento do salário líquido mensal para a maioria dos contribuintes

As novas tabelas de retenção na fonte de IRS entram em vigor no dia 1 de julho, sábado, para trabalhadores por conta de outrem e pensionistas. Quem aufere este tipo de rendimentos vai ter mais rendimento disponível a cada mês, com o Estado a reter uma menor parte dos salários ou das pensões na fonte. O que significa, em contrapartida, que o Estado irá devolver menos no reembolso de IRS no próximo ano.

Num exemplo dado pelo Ministério das Finanças, um solteiro sem dependentes com uma remuneração bruta de 1200 euros recebia, no primeiro semestre do ano, 900 euros líquidos após as retenções em sede de IRS e as contribuições à Segurança Social. No segundo semestre, que começa no sábado, o salário líquido terá um aumento de 2% para os 917,23 euros, com o Estado a fazer uma menor retenção mensal na fonte.

Uma menor retenção mensal tem como objetivo, segundo o Ministério, “garantir que a um aumento do rendimento bruto corresponde sempre um aumento do rendimento líquido ao final do mês” e “assegurar uma maior e crescente aproximação do valor das retenções na fonte ao valor do IRS liquidado através da entrega da declaração Modelo 3 de IRS”.

“O novo modelo permitirá uma personalização da retenção na fonte em moldes idênticos ao que sucede com o cálculo do IRS aquando da entrega da declaração Modelo 3 de IRS. Na prática, trata-se de uma aproximação do valor da retenção na fonte mensal ao valor de IRS que virá a ser efetivamente liquidado anualmente”, refere o Ministério das Finanças.

Isso significa, porém, um menor reembolso de IRS no próximo ano, com os contribuintes a receberem no mês correspondente o rendimento que, antes, ficava do lado do Estado: “Para a generalidade dos contribuintes, a aplicação das tabelas resultará num aumento do rendimento líquido mensal face ao valor que auferiam no primeiro semestre do ano, podendo dispor já de rendimento que é seu, em vez de esperarem pelo reembolso – que só ocorre no ano seguinte, momento em que passará a haver menos acerto a fazer”, explica o Ministério.

As simulações feitas pelo Ministério das Finanças apontam para um aumento do salário líquido de 1% a 2% no caso de solteiros sem dependentes, de 2% a 5% nos solteiros com um dependente e de 1% a 3% entre os casados com um dependente. Os valores variam consoante os níveis de remuneração.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate