
Atrasos na análise das candidaturas são um dos problemas. As universidades podem ajudar, diz ministro da Economia
Atrasos na análise das candidaturas são um dos problemas. As universidades podem ajudar, diz ministro da Economia
jornalista
A contratação de universidades pode ser uma solução para acelerar a análise das candidaturas das empresas aos fundos europeus. “A avaliação das candidaturas é às vezes um pesadelo”, reconhece o ministro da Economia, António Costa Silva, que tutela os organismos responsáveis pela análise da maioria das candidaturas aos incentivos empresariais do Portugal 2020 ou do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Quando se está a contar com 100 ou 200 candidaturas e aparecem 700 ou mil, é extraordinário enquanto resposta do tecido produtivo.” O problema, diz, é depois avaliar todos estes projetos em tempo útil. “Devemos ter uma avaliação muito mais rápida e uma execução dos pagamentos também muito mais rápida.” A solução? “É fazer outsourcing”, defende. “É isso que já estamos a fazer na área da descarbonização e noutras áreas. É contratar universidades para ajudarem, equipas para avaliarem as propostas, professores, peritos… É isto que eu penso que é o caminho.” E admite externalizar a análise das candidaturas “daquilo que for necessário e quando a instituição considere que não tem os recursos devidos”. O ministro prefere universidades a consultoras. “Não gosto de envolver aqui as consultoras, porque depois o sistema pode ficar enviesado. As consultoras têm o seu trabalho, é importante, mas noutro contexto.” Recorde-se que no arranque do Portugal 2020 instituições como o IAPMEI ou a AICEP recorreram a consultoras para ajudar na análise das candidaturas, situação que gerou críticas devido ao potencial conflito de interesses.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: economia@expresso.impresa.pt