Finanças pessoais

Banco BIG passa a comercializar certificados de aforro

Banco BIG passa a comercializar certificados de aforro

Os certificados de aforro, nos quais os portugueses têm hoje 34 mil milhões de euros aplicados, vão passar a ser distribuídos também pelo banco BIG, alargando a rede de distribuição atual, que já incluía os balcões dos CTT, anunciou o IGCP, que gere a dívida pública

Banco BIG passa a comercializar certificados de aforro

Miguel Prado

Editor de Economia

O Banco de Investimento Global (BIG) vai passar a comercializar certificados de aforro, juntando-se a outras entidades que já disponibilizam esta solução de poupança, como os CTT, os Espaços Cidadão e a plataforma digital pública AforroNet.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o IGCP, instituto que gere a dívida pública, sublinha que “este é mais um passo na estratégia de alargamento da rede de colocação dos produtos de aforro do Estado e de melhoria da experiência dos aforristas, que permite subscrever estes produtos de poupança de forma 100% digital”.

De acordo com o comunicado, o alargamento da distribuição dos certificados ao BIG é um projeto-piloto, cujo contrato teve o visto prévio do Tribunal de Contas.

O IGCP lembra que “todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto”.

A entidade que gere a colocação de títulos de dívida pública (como os certificados de aforro e as Obrigações do Tesouro, por exemplo), considera que a expansão da rede física e o alargamento das plataformas digitais permitirão, para os cerca de um milhão de atuais aforristas, “uma melhoria substancial da experiência de abertura de conta e de subscrição, da consulta integrada e do resgate dos seus produtos de aforro, bem como da gestão das suas carteiras”.

Além disso, este alargamento potencia o acesso a novos clientes, “nomeadamente pela diáspora portuguesa”.

A atual série de certificados de aforro, a série F, é um produto de poupança com um mínimo de investimento de 100 euros, que podem ser reforçados em múltiplos de 10 euros, e com um prazo de 15 anos. O aforrador ganha uma remuneração que consiste na soma da taxa-base (a Euribor a três meses, com um mínimo de 0% e máximo de 2,5%) e de um prémio de permanência (que começa nos 0,25% do segundo ao quinto ano, sobe para 0,5% entre os anos cinco e nove, e varia entre 1% e 1,75% entre os 11 e os 15 anos).

A taxa de juro bruta anual para novas subscrições em março da série F foi fixada em 2,5%.

Em janeiro os portugueses tinham 34 mil milhões de euros aplicados em certificados de aforro, de acordo com as estatísticas da dívida pública disponibilizadas pelo IGCP.

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