Finanças pessoais

Juros no crédito à habitação voltaram a subir para novo máximo em janeiro, mas desceram nos contratos mais recentes

Juros no crédito à habitação voltaram a subir para novo máximo em janeiro, mas desceram nos contratos mais recentes
José Fernandes

Em janeiro, os juros no crédito à habitação em Portugal subiram para 4,657%, renovando um novo máximo desde março de 2009. Contudo, se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu em comparação com dezembro

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal voltou a subir em janeiro, para 4,657%, renovando um novo máximo desde março de 2009. Contudo, para quem contratou um empréstimo mais recentemente, a taxa de juro está mais baixa, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira.

A taxa de juro subiu 6,4 pontos-base (0,064 pontos percentuais) face a dezembro e atingiu o valor mais alto desde março de 2009. Desde abril do ano passado que esta taxa sobe todos os meses.

Mas se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro é mais baixa e, aliás, desceu, em comparação com dezembro. Segundo o gabinete estatístico, para estes contratos, “a taxa de juro desceu pela terceira vez consecutiva, passando de 4,342% em dezembro de 2023 para 4,315% em janeiro de 2024”.

A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro subiu para 4,623%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se nos 4,297%, inferior à registada em dezembro.

A prestação média subiu para 404 euros, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009). Este valor representa mais 4 euros que em dezembro de 2023 e mais 89 euros que em janeiro de 2023. Dos 404 euros, 248 euros (61%) correspondem a pagamento de juros e 156 euros (39%) a capital amortizado.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 12 euros face ao mês anterior, para 639 euros em janeiro de 2024.

O INE indica ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 193 euros, fixando-se em 64.790 euros. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 125.210 euros, mais 718 euros que em outubro.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate