
Falta de incentivos tem limitado taxa nacional de poupança. Depósitos estão a recuperar. Flexibilização legal leva a resgates de PPR
Falta de incentivos tem limitado taxa nacional de poupança. Depósitos estão a recuperar. Flexibilização legal leva a resgates de PPR
texto
Jornalista
A almofada de segurança constituída pelas famílias portuguesas durante a pandemia de covid-19 já desapareceu. Num contexto de agravamento da fatura mensal de muitos agregados — por causa da subida dos preços e do agravamento das prestações do crédito à habitação —, e com poucos estímulos ao aforro — grandes bancos ainda têm depósitos a dar zero e a taxa de juros dos certificados baixou —, a taxa de poupança das famílias está num dos valores mais baixos deste século.
A taxa de poupança das famílias no país subiu em força durante a pandemia, passando de 7,2% do rendimento disponível no quarto trimestre de 2019, para o pico de 13,7% no primeiro trimestre de 2021, o valor mais alto desde o verão de 2002, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística. Mas, a partir daí, foi sempre a descer, chegando aos 5,9% no primeiro trimestre deste ano (últimos dados disponíveis). Muito longe dos 14,1% da média da zona euro. Este valor é inferior ao registado em 2019, antes da pandemia e, com exceção do terceiro trimestre de 2017 (5,7%), só em 2008 se registaram valores mais baixos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt