O montante do crédito ao consumo registou um aumento substancial em maio quando comparado com o mês anterior. Dados do Banco de Portugal revelam que de abril para maio o volume de crédito concedido cresceu 23%. Ou seja, em maio o volume de crédito ascendeu a 667,1 milhões de euros.
Uma das subidas mais expressivas deu-se no crédito pessoal sem finalidade especifica. Esta categoria subiu 23,6% de abril para maio totalizando os 284,9 milhões de euros. Já o crédito destinado a educação, saúde e energias renováveis ascendeu a 12,4 milhões de euros, subindo 19,2% em maio.
O crédito automóvel cresceu em todas as modalidades à exceção do montante concedido para contratos de carros novos de ALD (leasing). O montante concedido em ALD para automóveis novos desceu 0,7% de abril para maio, embora a venda de usados tenha crescido 19,8%.
Já a venda de novos e usados com reserva de propriedade subiu 27,3% e 23,7%, respetivamente, totalizando os 54,8 milhões nos automóveis novos e os 205,3 milhões no que toca à venda de automóveis usados com recurso ao crédito.
O crédito usado em cartões e linhas de crédito disparou 19,9% para 114,8 milhões de euros.
Crédito cai 2,5% face a maio de 2022
Apesar da subida mensal, registou-se uma retração em termos anuais. Em maio o volume de crédito concedido face a maio de 2022 decresceu em quase todas as finalidades, à exceção da venda de automóveis com reserva de propriedade e dos cartões de crédito, linhas de crédito e contas correntes.
No total ascendeu a 677,1 milhões de euros quando em maio de 2022 o volume de crédito era de 694,4 milhões de euros.
O crédito pessoal caiu 12% e o volume de crédito concedido em leasing para automóveis novos e usados caiu 47,8% e 82,1% respetivamente.
Na modalidade de cartões de crédito, linhas de crédito e descoberto bancário - que inclui os contratos de crédito sob a forma de descoberto com prazo de reembolso superior a um mês, e ao patamar máximo de crédito colocado à disposição e não o efetivamente utilizado -, o montante subiu 3,4% face a maio de 2022.
No que diz respeito ao número de contratos verificou-se um decréscimo homólogo de 3,7% entre maio de 2022 e maio de 2023. De abril de 2023 para maio de 2023 verificou-se um crescimento de 14,7%.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt