Vendas da Sonae crescem 23%, para um valor recorde de €5,3 mil milhões no primeiro semestre

Entre janeiro e junho, os lucros do grupo Sonae engordaram 41%, para 102 milhões de euros
Entre janeiro e junho, os lucros do grupo Sonae engordaram 41%, para 102 milhões de euros
Jornalista
A Sonae fechou junho com um crescimento de 23% nas vendas, para 5,3 mil milhões de euros, um valor recorde no primeiro semestre do ano a refletir o impulso do “contínuo forte crescimento orgânico nos negócios e do contributo das novas empresas do portefólio, incluindo a Druni e a Petcity”.
Os lucros aumentaram 41% face ao mesmo período de 2024, para os 102 milhões de euros, beneficiando do desempenho dos diferentes negócios e do resultado indireto favorável, principalmente relacionado com a valorização dos centros comerciais da Sierra, informa o grupo liderado por Cláudia Azevedo em comunicado.
Entre janeiro e junho o EBITDA da Sonae cresceu 28%, para 525 milhões de euros, “com destaque para performance dos negócios consolidados, em particular a contribuição robusta da MC”, refere a empresa, sobre um semestre que fechou 11% acima do período homólogo excluindo as alterações de portfólio e viu “os sólidos resultados da MC, da Worten e da Musti, que mais uma vez cresceram acima dos respetivos mercados, reforçando as suas posições de liderança, liderarem o desempenho orgânico do grupo.
No retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, a MC registou um crescimento do volume de negócios de 25% para 4,1 mil milhões de euros no semestre e de 27% no segundo trimestre, para mais de 2,1 mil milhões de euros, com o aumento das vendas e “os ganhos de eficiência a compensarem as pressões da inflação nos custos de um ambiente de mercado altamente competitivo”.
Na Península Ibérica, o segmento de saúde, beleza e bem-estar da MC viu as receitas quase triplicarem no segundo trimestre, para 415 milhões de euros, a beneficiar da consolidação da Druni e de “um crescimento orgânico sólido e pela expansão da rede, apesar do contexto operacional muito competitivo, em particular em Espanha”. A margem EBITDA subjacente aumentou 1,4 pontos percentuais, para 12% no segundo trimestre (12% no semestre),” refletindo uma clara melhoria da rentabilidade, suportada pela integração da Druni, em Espanha, e pelos ganhos operacionais na Wells em Portugal”.
No retalho de eletrónica, marketplace e serviços, a Worten apresentou um volume de negócios de 636 milhões de euros no semestre (+7%), puxado pela subida de 11% entre abril e junho, com ganhos de quota de mercado “devido ao seu desempenho excecional no seu canal online” que representou 19% das vendas, refere o grupo.
Nos produtos e cuidados para animais de estimação, a Musti evidenciou “recuperação contínua das vendas e ganhos de quota num mercado em recuperação, juntamente com uma melhoria da margem bruta".
No setor imobiliário, o portefólio de centros comerciais na Sierra na Europa “manteve um forte dinamismo, com as vendas dos lojistas a continuarem a trajetória de crescimento (+4% numa base comparável), acompanhadas por um aumento do tráfego, taxas de ocupação de quase 100% e níveis de cobrança robustos”.
“A atividade de serviços registou resultados sólidos, beneficiando da continuidade da estratégia de diversificação setorial e capitalizando na forte experiência e ampla rede de investidores institucionais. A atividade de promoção imobiliária continuou a apresentar um bom desempenho, com progressos nos cinco projetos em fase de construção e comercialização. De destacar que a Sierra registou avanços na implementação da sua estratégia no segmento residencial, com um novo projeto em carteira”, diz o comunicado.
Nas telecomunicações, a NOS viu o volume de negócios crescer para 458 milhões de euros no segundo trimestre.
No comentário aos resultados do grupo, que viu o investimento atingir os 864 milhões no período de 12 meses terminado em junho, Cláudia Azevedo manifesta “satisfação” reiterando que vê “a gestão do portefólio como uma das atividades core da Sona” e isso “implica monitorizar de perto o papel estratégico de cada negócio, o seu potencial para beneficiar ou contribuir para outras empresas do Grupo".
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