Empresas

Participada da Semapa compra grupo Barna para reforçar negócios de economia circular e entrar em novos mercados

Participada da Semapa compra grupo Barna para reforçar negócios de economia circular e entrar em novos mercados
Wolfgang Kaehler / LightRocket / Getty Images

Grupo do País Basco dedica-se à reutilização de excedentes da pesca e da indústria pesqueira, contando atualmente com duas fábricas e 120 trabalhadores. ETSA diz que operação vai permitir abordar novos mercados

A ETSA, empresa industrial do grupo Semapa focada na reciclagem do setor alimentar, anunciou esta sexta-feira que comprou o grupo basco Barna ao fundo de investimento Corpfin Capital e a um conjunto de acionistas minoritários, com o objetivo de expandir as suas áreas de negócio relacionadas com a sustentabilidade e a economia circular, bem como abordar novos mercados. O valor da operação não foi divulgado.

Fundado em 1961, o grupo Barna tem-se dedicado à reutilização de excedentes da pesca e subprodutos da indústria pesqueira, reduzindo o impacto ambiental do setor e promovendo a sustentabilidade dos recursos marinhos. Atualmente, conta com mais de 120 trabalhadores e opera duas fábricas, uma em Mundaka, no País Basco, e outra perto de Tarifa, na Andaluzia, processando mais de 50 mil toneladas de subprodutos de peixe por ano.

"A circularidade que define o negócio do grupo Barna e a sua estrutura industrial - onde se destacam a vasta cobertura geográfica e a qualificação dos seus recursos humanos - foram fatores determinantes para a aposta", explica a ETSA, em comunicado. O conglomerado sublinha que a transação vai permitir inserir a Barna "num grupo com forte capacidade de investimento e perspetivas de entrada em novos segmentos de mercado".

Além da produção tradicional de farinhas e óleos de peixe, recentemente, a Barna diversificou a sua oferta com a produção e comercialização de hidrolisados de proteína de origem marinha, "produtos com muito maior valor nutricional", algo que, segundo a Etsa, se integra na sua estratégia de "procurar cada vez mais aumentar o valor aportado aos ingredientes por si produzidos e comercializados".

Com esta aquisição, o grupo, que já incluía no seu portefólio produtos sustentáveis como ingredientes para petfood (comida para animais de estimação), fertilizantes e biocombustíveis, diz concluir "mais um passo na expansão e diversificação das suas áreas de negócio", que vai permitir "abordar novos mercados tanto a nível geográfico, como de origem de matéria-prima ou de destinos do produto final".

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mcdias@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate