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Trabalho híbrido estabelece-se como modelo de trabalho predominante após a pandemia

Trabalho híbrido estabelece-se como modelo de trabalho predominante após a pandemia
Helen King

Estudo da consultora JLL revela que, globalmente, 94% das empresas inquiridas operam sob um modelo de trabalho híbrido, com uma crescente integração das tecnologias de informação e comunicação

Quatro anos após o início da pandemia de Covid-19, o modelo de trabalho híbrido consolidou-se como a principal abordagem adotada pelas empresas em todo o mundo. Segundo o mais recente inquérito da JLL, cerca de 94% das entidades inquiridas operam sob este modelo, confirmando que o trabalho híbrido veio para ficar.

“Existem já muitas empresas a adotarem rácios de partilha de secretária entre os 50% e os 70%, libertando o espaço para zonas de colaboração e de experiência. Os dados sobre a utilização do espaço são essenciais para as empresas se conhecerem e tomarem decisões arrojadas. Existe todo um novo mundo na forma como pensamos o nosso local de trabalho, e recorrer a dados de ocupação permite maior flexibilidade, previsibilidade e conforto", afirma Caetano de Bragança, responsável pela área de estratégia para o local de trabalho da JLL, citado em comunicado.

O inquérito concluiu que o modelo híbrido influencia a ocupação e o design dos espaços de trabalho, com foco na otimização do espaço e na melhoria da experiência do colaborador. A crescente necessidade de colaboração e privacidade está a resultar num aumento dos espaços de concentração e áreas colaborativas abertas. As empresas estão também a investir em sistemas de reserva, gestão e análise dos seus espaços de trabalho, com o aumento da importância da monitorização das métricas de utilização, com um crescimento significativo na adoção de tecnologias avançadas para este fim.

Globalmente, 94% das empresas inquiridas implementou programas de trabalho híbrido. Além disso, quase metade planeia expandir esses programas nos próximos três anos, enquanto 45% planeia mantê-los no formato atual. Este movimento reflete-se nas práticas de utilização do espaço, com 76% das empresas agora a monitorizar dados de utilização do escritório.

No contexto português, um estudo conjunto da JLL e da AON mostra que 90% das empresas adotaram políticas de trabalho híbrido e 60% preveem alterar a configuração ou localização dos seus escritórios nos próximos cinco anos.

“Portugal segue a tendência global, com as empresas a perceberem que o trabalho híbrido veio para ficar, mas está a evoluir. Esta fatia de 60% das empresas que antecipa a necessidade de reconfigurar ou relocalizar o seu escritório no espaço de cinco anos, reflete a consciência de que o espaço de trabalho tem de se ir constantemente adaptando às novas necessidades de trabalho, tornando-se numa ferramenta essencial para o desempenho das organizações”, termina Caetano de Bragança.

O inquérito da JLL deixa claro que o trabalho híbrido não é apenas uma resposta temporária à pandemia, mas uma mudança estrutural na forma como as empresas operam e utilizam os sues espaços físicos.

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