A Pixar, conhecida pelos seus filmes de animação, vai reduzir a sua força de trabalho em cerca de 14%, despedindo cerca de 175 funcionários. Esta medida faz parte de uma estratégia mais alargada da empresa-mãe, Walt Disney, para recalibrar as suas prioridades de produção e distribuição de conteúdos.
Os despedimentos, que entraram em vigor esta terça-feira, seguem-se a cortes anteriores noutras empresas da Disney no ano passado. Os cortes evidenciam os desafios enfrentados pelo estúdio num cenário em que os serviços de streaming e a mudança de hábitos dos consumidores continuam a remodelar a dinâmica do sector.
Apesar do êxito de vários franchises, incluindo o Universo Cinematográfico Marvel, a Disney tem-se debatido com dificuldades para alcançar êxitos de bilheteira, facto que levou a uma reavaliação do papel e da produção da Pixar no ecossistema da Disney.
De acordo com o The New York Times, a decisão de estrear três filmes consecutivos da Pixar ("Soul: Uma Aventura com Alma", "Turning Red – Estranhamente Vermelho" e "Luca") diretamente na plataforma de streaming Disney+ em vez de nos cinemas, diluiu significativamente a marca Pixar. Tradicionalmente, os filmes da Pixar têm tido grandes lançamentos nos cinemas, contribuindo para o seu impacto cultural e sucesso comercial.
Como parte da reformulação estratégica, a Pixar deixará de produzir produções originais para o Disney+. Em vez disso, o estúdio concentrar-se-á na criação de curtas-metragens ocasionais para a plataforma.
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