Deloitte planeia maior reestruturação em dez anos para cortar custos

A Deloitte iniciou a maior revisão das suas operações globais em dez anos, numa tentativa de cortar custos e reduzir a complexidade da organização face à esperada desaceleração do mercado, noticia o “Financial Times”.

De acordo com o jornal, as principais unidades de negócios da Deloitte serão reduzidas a quatro – auditoria e garantia; estratégia, risco e transações; tecnologia e transformação; e fiscal e jurídico. Desde 2014 que contavam com cinco unidades.

Os negócios de consultoria da Deloitte serão reduzidos de quatro para três divisões. O seu braço de auditoria e garantia permanecerá como uma unidade independente. As divisões de consultoria, assessoria financeira e assessoria de risco da Deloitte serão reunidas em duas unidades de negócios recém-criadas: estratégia, risco e transações e tecnologia e transformação.

A unidade de estratégia, risco e transações vai incluir os serviços de consultoria em fusões e aquisições da Deloitte. Já a unidade de tecnologia e transformação reunirá os seus serviços de “transformação digital”, incluindo engenharia, inteligência artificial, dados e cibernética, de acordo com os e-mails consultados pelo “Financial Times”.

Além destas mudanças, os próprios trabalhadores também vão ser transferidos para unidade de auditoria, nomeadamente aqueles que trabalham nas áreas ambiental, social e de governação.

Por sua vez, a área fiscal e jurídica continuará a ser um negócio independente dentro da nova estrutura.

A reorganização demorará um ano a ser implementada em todos os países onde a Deloitte opera e deverá estar em pleno vigor até junho de 2025. Irá permitir à empresa reduzirá os custos a nível global, mas ainda não é certo o valor da poupança.

A decisão de Joe Ucuzoglu, presidente executivo da unidade global, surge depois de, no ano passado, ter rejeitado a possibilidade de separar os seus negócios de auditoria e consultoria e ter rejeitado publicamente a lógica de o fazer, lembra o “Financial Times”.

Até ao momento, a Deloitte se pronunciou.