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TAP ia para a antiga sede dos CTT, não foi e os Correios puseram a companhia em tribunal

TAP ia para a antiga sede dos CTT, não foi e os Correios puseram a companhia em tribunal
D.R.

Em causa está o contrato de arrendamento da antiga sede dos CTT que deveria ter transitado para a TAP, como foi acordado entre as duas empresas e o proprietário do edifício. Como não aconteceu, os Correios avançaram com um processo em Tribunal

TAP ia para a antiga sede dos CTT, não foi e os Correios puseram a companhia em tribunal

Anabela Campos

Jornalista

Os Correios anteciparam a saída do edifício sede na Expo para a TAP poder entrar até ao final de 2022, como era a sua intenção, mas as mudanças na liderança da companhia, com o despedimento da antiga presidente, Christine Ourmières-Widener, alteram os planos, e a mudança não se fez. Mas os Correios já estavam de saída, e a TAP tinha o processo de mudança em curso.

Reconhecendo que a TAP desistiu de mudar a sede para o edifício na Avenida João XXI, no Parque das Nações, onde estavam os Correios, João Bento, presidente dos CTT, esclareceu esta sexta-feira num encontro com jornalistas, que colocaram a companhia em Tribunal. Não quis, porém, dar mais detalhes sobre o dossiê, ou informar se quer o que estava em causa neste processo.

"Fizemos o que tínhamos a fazer. Tomámos a decisão de sair daquele edifício porque era demasiado grande para as necessidades dos CTT", afirmou o gestor. E esclareceu: "A meio do processo apareceu a TAP e quis ficar". João Bento explica inclusive que "os CTT anteciparam a saída" para satisfazer o pedido da TAP. "Foi um processo conduzido de boa-fé", por parte dos CTT, acrescentou Guy Pacheco, administrador financeiro.

A saída da sede histórica da TAP da Portela era contestada pelos trabalhadores, que temiam que fosse o pontapé de saída para a venda dos terrenos, e consideravam ser um custo desnecessário.

O custo da renda foi uma das razões que leva os CTT a sair de um edifício, construído em 2010, com 15 mil metros quadrados, 16 pisos acima do solo, e cinco subterrâneos.

A renda paga pelos Correios, o fundo alemão Deka Immobilien, era, segundo o ECO, de 3,8 milhões de euros anuais. João Bento escusou-se a falar sobre valores.

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