A provedora Ana Jorge tomou a decisão de cancelar a parceria da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) com o Banco de Brasília, para a exploração de jogos e lotarias nesse estado brasileiro, avança o jornal Público.
O jornal constata que o acordo foi cancelado na sequência de uma auditoria externa, realizada pela consultora internacional BDO, à Santa Casa Global (SCG), empresa que foi criada há três anos com o objetivo de concretizar o projeto de internacionalização da Santa Casa, numa altura em que o provedor era Edmundo Martinho. A consultora descobriu que “a instituição tem uma rede complexa de mais de uma dezena de sociedades e sócios”.
O Público explica que, além dos auditores da BDO, se encontram no Brasil advogados da confiança da atual administração de Ana Jorge, que “estão a assumir o controlo destas empresas e a analisar a documentação para perceber exatamente como foi aplicado o dinheiro e com que finalidade”.
A provedora indicou, em setembro, no Parlamento, que a “rede de negócios no Brasil é confusa” e que a Santa Casa Global apenas teria autorização da tutela para aplicar cinco milhões de euros, tendo sido realizadas transferências superiores a 27 milhões. Contudo, o jornal indica que o valor será provavelmente superior, visto que o projeto de internacionalização abrangeu mais países.
Caso a parceria fosse avante, a SCML teria de avançar automaticamente com mais 14 milhões de euros, mas surgiu a possibilidade de o cancelar a parceria sem custos adicionais, explica o diário.
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