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"Traído", "desiludido" e "chocado", patrão da Altice distancia-se de Armando Pereira e já procura novos fornecedores

Patrick Drahi (segundo a contar da esq.) tem-se vindo a afastar do acionista e cofundador da Altice, Armando Pereira (segundo a contar da dir.), que deixou de ser acionista da operadora. Alexandre Fonseca (primeiro à esq.), o braço-direito do investidor português, está com as funções suspensas
Patrick Drahi (segundo a contar da esq.) tem-se vindo a afastar do acionista e cofundador da Altice, Armando Pereira (segundo a contar da dir.), que deixou de ser acionista da operadora. Alexandre Fonseca (primeiro à esq.), o braço-direito do investidor português, está com as funções suspensas
Rui Duarte Silva

Patrick Drahi afasta-se do investidor português, assegura as relações com os fornecedores sob suspeita estão a ser alvo de escrutínio por entidades “reputadas” e avança que já está à procura de novos fornecedores. Vieira de Almeida e Uría Menéndez, em Portugal, e Darrois Villey Mailoot Brochier Ropes & Gray e DLA Piper France, no estrangeiro, assessoram investigações internas

"Traído", "desiludido" e "chocado", patrão da Altice distancia-se de Armando Pereira e já procura novos fornecedores

Anabela Campos

Jornalista

Afastando qualquer participação no alegado esquema de corrupção que está a ser investigado pelas autoridades portuguesas, Patrick Drahi, o dono da Altice e da Meo, distancia-se do português Armando Pereira, assegura aos investidores que a haver operações que tenham lesado o grupo elas terão um peso inferior a um dígito, e estarão circunscritas a um grupo restrito de pessoas. Drahi, que rompeu o silêncio em duras declarações na apresentação dos resultados do segundo trimestre deste ano, avança que já foram afastados, com licença e suspensão de funções, 15 quadros do grupo em várias operações, e promete rapidez e transparência nas investigações internas em curso.

Para já, avançou Patrick Drahi, tanto quanto se sabe, a investigação judicial está limitada a Portugal, país onde foram feitas buscas a 13 de julho e que levaram à detenção de Armando Pereira, um dos sócios iniciais do grupo Altice, e que segundo o fundador da empresa só se tornou acionista em 2003, e com uma percentagem de apenas 1%.

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