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Ainda não foi desta: "Governo não tomou nenhuma decisão sobre a Efacec"

Ainda não foi desta: "Governo não tomou nenhuma decisão sobre a Efacec"
FERNANDO VELUDO EXCLUSIVO PARA E

Continua a não haver novidades, do lado do Governo, sobre qual dos quatro candidatos à compra da Efacec ficará com a empresa portuguesa, garantiu Mariana Vieira da Silva esta quinta-feira

Ainda não foi desta que o Governo formalizou a venda da Efacec, nacionalizada pelo Estado português em 2020. O tema estava alinhavado para esta quinta-feira, mas voltou a sair do Conselho de Ministros semanal sem novidades.

“O Conselho de Ministros não tomou nenhuma decisão sobre a matéria da Efacec, nem ela constava da agenda, e portanto não há nenhuma informação neste momento a prestar”, garantiu a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa após a reunião do Executivo, em resposta aos jornalistas.

Esta quinta-feira, o Eco avançou que o fundo Mutara, um dos quatro candidatos à aquisição da Efacec ao Estado, tinha sido o escolhido pelo Governo num rol que incluía o consórcio Visabeira/Sodecia e os fundos de capital privado Oxy Capital e Oaktree.

O processo de privatização reiniciou-se este ano depois das negociações entre o Governo e o grupo português DST terem falhado, com a potencial compradora a desistir do negócio.

Depois do escândalo “Luanda Leaks”, o Estado português nacionalizou, em 2020, a participação de 71,73% da empresária angolana Isabel dos Santos. Desde então, num limbo, a empresa tem vindo a perder capacidade de gerar encomendas, de manter recursos humanos, e de garantir a sua sustentabilidade financeira. Em 2022, a empresa reportara um prejuízo de 52 milhões de euros.

A empresa, participada da Parpública desde que foi nacionalizada em 2020, recebeu suporte financeiro do Estado, entre injeções financeiras diretas e garantias, na ordem de 250 milhões de euros.

Uma fatura que, avançou o Expresso na semana passada, pode não ficar por aqui: dependendo do modelo de privatização que venha a ser adotado pelo Governo, o Estado pode vir a ter de acompanhar o novo acionista no investimento, colocando mais capital na empresa.

Há dois anos, o então ministro da Economia Pedro Siza Vieira dizia que não esperar que o Estado perdesse dinheiro com esta operação.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt

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