Se em 2020 o setor do alojamento e restauração foi aquele que viu a maior redução no Valor Acrescentado Bruto (VAB) face a 2019, em 2021 foi o setor de atividade que mais cresceu, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as empresas em Portugal, divulgados esta segunda-feira.
No geral, em 2021, o setor empresarial português, com 1,3 milhões de empresas, "registou crescimentos nominais de 15,9% no volume de negócios, 15,4% no VAB e 26,8% no EBE [excedente bruto de exploração], após as reduções de 10,2%, 9,1% e 15,4% em 2020”.
Apesar da melhoria dos indicadores, só as sociedades atingiram em 2021 os valores observados antes da pandemia, o mesmo não aconteceu com as empresas individuais.
Por setor de atividade, foi o alojamento e restauração cujo VAB mais cresceu (40,9%) depois de em 2020 ter caído mais de 53%. Seguiu-se o setor dos transportes e armazenagem (23,5%, face a uma queda de 33% em 2020). Contudo, “este forte crescimento não permitiu recuperar os níveis de 2019”, estando assim ainda 35,1% e 18,4% aquém dos níveis desse ano, antes da pandemia.
Por sua vez, o setor da agricultura e pescas registou o crescimento do VAB mais baixo (9,1%), mas, ao contrário dos anteriores, apresentou uma subida de 7,9% face a 2019.
Adicionalmente, o INE nota que as grandes empresas “evidenciaram crescimentos superiores no volume de negócios e no VAB (+18,7% e +18,5%, respetivamente), e as PME [pequenas e médias empresas] registaram um crescimento idêntico às grandes no EBE (+30,3%)”.
Quanto à produtividade aparente do trabalho, o gabinete estatístico diz que atingiu 31,5 mil euros por pessoa ao serviço, enquanto a remuneração média anual ascendeu a 16,1 mil euros por pessoa ao serviço remunerada. Segundo o INE, todos os setores de atividade viram a produtividade aparente do trabalho e remuneração média anual subir de 2020 para 2021.
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