H&M vê lucros caírem 68% no ano fiscal de 2022
A invasão da Ucrânia, que obrigou à saída de várias empresas ocidentais do mercado russo, teve um impacto negativo superior a 230 milhões de euros nas contas da retalhista sueca
Os lucros da H&M caíram 68% no ano fiscal que vai de 1 de dezembro de 2021 a 30 de novembro de 2022 para as 3,57 mil milhões de coroas suecas (cerca de 319 milhões de euros ao câmbio atual), devido à invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 e ao aumento dos custos na cadeia de produção.
O encerramento das operações na Rússia teve um impacto negativo de 2,59 mil milhões de coroas (232 milhões de euros) nas contas anuais da retalhista.
As vendas aumentaram 12% para as 223,56 mil milhões de coroas (20 mil milhões de euros). Sem o impacto negativo ocorrido nos mercados russo, bielorrusso, e ucraniano, o aumento teria sido de 15%.
O lucro operacional caiu 53% para os 7,17 mil milhões de coroas (642 milhões de euros), face a 15,26 mil milhões de coroas (1,37 mil milhões de euros) no ano homólogo.
A decisão de sair dos mercados bielorusso e russo, “que era um mercado importante e rentável, teve um impacto negativo significativo nos nossos resultados”, fez saber a presidente executiva da H&M, Helena Helmersson, citada no comunicado da retalhista de vestuário.
A este fator acrescentam-se “as subidas nos preços das matérias-primas e dos custos logísticos", tal como da energia, "combinados com um dólar historicamente forte”. O resultado foram “aumentos de custos abrangentes na compra de bens”, diz. Estas subidas não foram repercutidas nos preços, garante a presidente executiva, de forma a “fortalecer ainda mais a posição no mercado”.
Porém, “os fatores externos que tiveram um efeito negativo nos nossos custos de aquisição estão a reverter gradualmente”, assegura.
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