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Tupperware: funcionários da fábrica em Montalvo vão continuar dispensados de trabalhar até dia 14 de fevereiro

Tupperware: funcionários da fábrica em Montalvo vão continuar dispensados de trabalhar até dia 14 de fevereiro
Paulo Cunha/Lusa

Depois de o prazo inicial fixar o dia 7 de fevereiro, os trabalhadores vão estar dispensados de se apresentarem ao trabalho durante mais uma semana. Apesar da débil situação financeira da empresa, até ao momento, não há salários em atraso

Inicialmente, a fábrica da Tupperware em Montalvo, em Santarém, encerraria portas no dia 8 de janeiro deste ano. O fecho, contudo, foi adiado e os trabalhadores continuaram a laborar durante mais alguns dias até terem recebido uma carta de dispensa, assinada pelo diretor da unidade fabril.

Os funcionários ficavam, assim, dispensados de se apresentarem ao trabalho até dia 7 de fevereiro, com a condição de regressarem, se assim fosse solicitado. Um dia antes do término desse prazo, os trabalhadores foram novamente notificados pela empresa, por mensagem, para se apresentarem nas instalações da fábrica, na segunda-feira seguinte, não para trabalhar, mas sim para receberem um documento em que constará um novo prazo de dispensa. A informação foi avançada ao Expresso por Isabel Matias, membro do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras e confirmada por dois trabalhadores.

De acordo com a agente sindical, os operários estarão novamente dispensados de se apresentarem ao trabalho até à próxima sexta-feira, dia 14 de fevereiro. Apesar da débil situação financeira da empresa, até ao momento, não há salários em atraso.

A fábrica da Tupperware em Montalvo depende na sua totalidade da casa-mãe sediada nos Estados Unidos que, em setembro, declarou falência, depois de várias tentativas de arranjar um credor disposto a assumir a dívida que acumulava de 818 milhões de dólares, (787,4 milhões de euros ao câmbio atual). Mais tarde, em outubro, conseguiu chegar a acordo, com um tribunal de falências nos Estados Unidos, para um novo plano de venda de ativos a um grupo de credores composto pela Stonehill Capital Management Partners e pela Alden Global Capital.

“Prevê-se que a The New Tupperware Company seja reconstruída com uma mentalidade de startup, utilizando uma metodologia ágil em fases dinâmicas. O foco inicial será nos principais mercados globais, incluindo os Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, China, Coreia, Índia e Malásia, e a nova empresa pretende seguir com mercados europeus e asiáticos adicionais”, escreveu a empresa, em outubro.

Até ao momento, tanto a licença de venda como a licença de produção estão caducadas em Portugal e na Europa. Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Constância, já tinha avançado à Lusa, no início de janeiro, que havia um grupo de investidores interessados nas instalações de Montalvo. Até à data, não há nenhuma informação oficial nesse sentido. O futuro dos 200 trabalhadores da unidade fabril e dos milhares de revendedores em Portugal permanece incerto.

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