A interferência parental nas decisões de carreira dos jovens está a aumentar e a preocupar, cada vez mais, os recrutadores. Na expectativa de alcançar alguma vantagem no acesso ao mercado de trabalho, são cada vez mais os jovens que delegam nos pais o processo de procura ativa de emprego, desde a prospeção de oportunidades disponíveis, à elaboração do currículo e carta de motivação. E muitos chegam a acompanhar os filhos nas entrevistas de emprego. Especialistas ouvidos pelo Expresso falam na progressiva presença dos ‘pais-helicóptero’ — que caracteriza um estilo de parentalidade ultraprotetor — nas decisões de carreira dos jovens profissionais, que têm cada vez menos aptidão para “tomar decisões autónomas e imediatas”. A tendência é global e tem sido sinalizada por vários estudos. Garantem os psicólogos que estas têm impacto nefasto no desenvolvimento futuro dos jovens.
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