Rolls Royce despede até 2500 trabalhadores
A fabricante de motores para aviação Rolls Royce vai despedir até 2500 trabalhadores numa tentativa de redução de custos. Empresa tem um total de 42 mil trabalhadores
A Rolls-Royce Holdings vai demitir entre 2000 e 2500 trabalhadores, como parte de um plano do novo presidente executivo (CEO), Tufan Erginbilgiç, que pretende reduzir os custos da empresa, escreve a “Bloomberg”.
Os despedimentos serão distribuídos pelas operações globais da fabricante de motores para a aviação (que, historicamente, deriva da Rolls Royce, fabricante de automóveis de luxo) e provavelmente afetarão centenas de funcionários do Reino Unido.
Os cortes representam cerca de 6% da força de trabalho total da empresa, que chega aos 42 mil funcionários (metade dos quais no Reino Unido).
Tufan Erginbilgiç, um ex-executivo da BP, assumiu o comando da Rolls-Royce em janeiro e imediatamente perturbou os funcionários ao descrevê-la como uma “plataforma em chamas”, sugerindo que seriam necessárias grandes mudanças.
O desempenho financeiro da Rolls-Royce melhorou acentuadamente no ano passado, principalmente graças à recuperação das viagens aéreas globais após a pandemia de covid-19. Contudo, ficou atrás dos concorrentes nas viagens mais curtas.
Funcionários do governo foram informados sobre os últimos planos de demissão na noite de segunda-feira, de acordo com a Sky News.
Além de fabricar motores para a aviação, a empresa também tem uma unidade de sistemas de energia que está particularmente em risco. Em maio, o CEO descreveu este ramo do negócio como “mal gerido” e analistas disseram que tem custos muito mais elevados em relação ao desempenho do que outras unidades.
Erginbilgiç planeia atualizar os investidores no próximo mês sobre os seus planos para a Rolls-Royce nos próximos anos. Alguns analistas sugeriram que a unidade de sistemas de energia pode ser posta à venda.
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