EDP propõe aos trabalhadores aumentos salariais de 0,5%
Administração da EDP ofereceu aos trabalhadores para 2022 atualização salarial em linha com a acordada em 2021. Proposta está aquém da reclamada pela federação sindical Fiequimetal
Administração da EDP ofereceu aos trabalhadores para 2022 atualização salarial em linha com a acordada em 2021. Proposta está aquém da reclamada pela federação sindical Fiequimetal
A EDP avançou com uma proposta de aumentos salariais este ano de 0,5%, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pela federação sindical Fiequimetal, afeta à CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.
“Alegando que a produtividade em Portugal é negativa, que a média salarial na EDP é superior à do País e que, nos últimos cinco anos, a empresa garantiu um aumento salarial acima da inflação, a administração apresentou uma proposta de aumento salarial de 0,5%”, refere o mesmo comunicado.
Este é um valor em linha com o que ficou fechado de atualizações salariais em 2021. No ano passado a elétrica garantiu uma subida mínima de 0,5% em todos os escalões de remuneração dos seus trabalhadores, mas com atualizações superiores nos níveis mais baixos da tabela, até aos 1750 euros de salário. Na tabela para 2021 o primeiro nível, de 1.020 euros de remuneração, teve uma subida de 2%.
A Fiequimetal defende que “é necessário valorizar os salários” e nota que “nestes últimos cinco anos, o valor do salário mínimo nacional (SMN) aproximou-se do salário mais baixo da tabela remuneratória da EDP, por efeito da necessária, desejável e, mesmo assim, insuficiente subida do SMN, e fruto da intransigência da administração na recusa de aumentos mais significativos”.
“Numa empresa que, nos últimos cinco anos, apresenta lucros acumulados de 5500 milhões de euros, a administração não pode afirmar que os trabalhadores são o centro das preocupações e apresentar propostas que desmentem essa afirmação”, aponta a federação sindical.
A Fiequimetal reivindica para 2022 um aumento salarial de 90 euros para todos os níveis remuneratórios existentes na empresa (o que implica subidas salariais que vão dos 2% no nível mais alto aos 8,8% no nível mais baixo) e, entre outras exigências, um incremento de um dia de férias por ano, passando os trabalhadores da EDP a ter direito a gozar 25 dias de férias por ano.
A próxima reunião entre a administração da EDP e a Fiequimetal ficou agendada para 9 de fevereiro. O Expresso contactou a EDP, mas não foi possível obter um comentário imediato sobre este tema.
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