Em fevereiro, o número de dormidas em alojamentos turísticos em Portugal foi de 4 milhões, superando em 5,9% o número do mesmo mês de 2020 (ainda antes de o primeiro caso de covid-19 ser registado em Portugal), indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira. Face ao mesmo período do ano passado as dormidas cresceram 38,5%.
O gabinete estatístico indica ainda que o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes no segundo mês do ano, mais 33% que em fevereiro de 2022 e mais 4,3% que no mesmo mês de 2020.
No mês em análise, “o mercado interno contribuiu com 1,4 milhões de dormidas”, mais 4,9% que em fevereiro passado e mais 19% que em fevereiro do ano passado.
Já o mercado externo contribuiu com 2,7 milhões de dormidas, um aumento de 51% em relação ao ano passado e mais 6,5% que em 2020. Entre os vários mercados externos, foi o britânico que, mais uma vez, se destacou, representando 16,9% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os alemães (11,3%) e espanhóis (10,2%).
“A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (36,6%) aumentou 7,5 p.p. [pontos percentuais] em fevereiro”, indica ainda o INE, acrescentando que “a taxa líquida de ocupação-quarto (45,7%) aumentou 10 p.p.”.
Apesar dos bons números registados, 32,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (37% em janeiro).
Algarve e Açores não superam números pré-pandemia
No mês em análise registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 30,8% do total das dormidas, seguindo-se o Algarve (19,5%), o Norte (17,2%) e a Madeira (15,3%).
Contudo, se compararmos com fevereiro de 2020, nem todas as regiões cresceram. O Algarve e os Açores registaram quedas no número de dormidas de 6,8%. Por sua vez, a Madeira sentiu o maior crescimento (14,6%).
Por fim, o INE nota que, em fevereiro, “a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,45 noites) aumentou 4,1%” a nível homólogo. As estadas médias mais elevadas registaram-se na Madeira e Algarve (4,49 e 3,96 noites, respetivamente).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes