Hoje são os copilotos – e amanhã haverão de surgir os agentes. Os primeiros ajudam a decidir, mas os segundos já usam a inteligência artificial para decidir em substituição dos humanos – e não devem ter lugar nos governos ou nos Parlamentos democráticos, defende Daniela Braga, líder da Defined.ai e, provavelmente, o rosto feminino mais conhecido do empreendedorismo nacional.
“O bot não deve ter assento no Parlamento. Há muitas questões de decisão ética humana que não são ainda programáveis”, reitera Daniela Braga. Numa gestora que tem feito negócio a fornecer dados para treino de IA sem preconceitos ou mensagens de ódio não será de estranhar a relutância em atribuir direitos políticos a software que pensa de forma autónoma, mas os alertas da Daniela Braga estendem-se também a alguns humanos que, segundo as notícias mais recentes, também garantiram um lugar na Administração de Donald Trump.
“Elon Musk é a única pessoa que talvez me preocupe, porque acho que empresários não deviam ir para o governo”, considera. O alerta foi lançado durante uma conversa com o Expresso, a partir de Lisboa, durante a Web Summit – e, como seria de esperar, não impediu que Elon Musk fosse confirmado, mais ou menos à mesma hora, como líder do Departamento de Eficiência Governamental durante a presidência de Donald Trump.
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