Depois da aposta no Metaverso, de uma moeda virtual fracassada, e de ser acusado de fazer dinheiro alimentando discursos de ódio, para onde vai o grupo que detém o Facebook? A empresa que gere a maior audiência do mundo completa 20 anos a 4 de fevereiro
A questão surgiu num verão bem quente para os lados de Palo Alto, Califórnia, corria o mês de julho de 2006. O Facebook tinha pouco mais de dois anos como empresa, uma faturação de 30 milhões de dólares, e não dava lucro. Até que Mark Zuckerberg, que liderava a rede social, teve de explicar porque é que não aceitava a oferta de aquisição de mil milhões de dólares apresentada pela Yahoo!.
Peter Thiel, fundador da PayPal, primeiro investidor externo do Facebook e figura reverenciada em Silicon Valley, estava inclinado a vender, mas teve de corrigir a expectativa, quando o presidente executivo lhe disse que aquela era uma reunião de mera formalidade, que não deveria demorar mais de 10 minutos para rejeitar a oferta. “Tens 25% (da empresa). Há muita coisa que podes fazer com o dinheiro”, insistiu Thiel, tentando apelar à racionalidade. Zuckerberg não se compadeceu. Daí em diante, seria ele a ditar a lógica do negócio - e de grande parte do mundo.
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