Huawei investigada pelas autoridades belgas
As autoridades belgas estão a investigar a Huawei para tentar perceber se a China está a usar esta empresa e os seus funcionários, em Bruxelas, para promover os interesses do Estado chinês na Europa
As autoridades belgas estão a investigar a Huawei para tentar perceber se a China está a usar esta empresa e os seus funcionários, em Bruxelas, para promover os interesses do Estado chinês na Europa
A Bélgica está examinar as operações da Huawei, fabricante chinesa de telemóveis e outros dispositivos eletrónicos, à medida que crescem receios de espionagem chinesa na sede da União Europeia (UE) e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), noticia o “Politico”.
Nos últimos meses, o Serviço de Segurança do Estado da Bélgica solicitou entrevistas com antigos funcionários que trabalham na empresa, em Bruxelas.
O objetivo destas entrevistas é tentar perceber como a China pode estar a usar agentes não estatais - incluindo empresas, ou pessoas que nelas trabalham - para promover os interesses do Estado chinês e do seu partido comunista na Europa. Particularmente, no que diz respeito aos representantes da Huawei que podem ter ocupado cargos em instituições de Bruxelas com acesso a uma rede de contactos da UE.
Este escrutínio ocorre numa altura em que os ‘alarmes’ soaram, com vários países e regiões, incluindo a própria União Europeia, a proibirem o uso do TikTok e a alertarem sobre links vindos de empresas chinesas.
Também acontece numa altura em que há cada vez mais evidências da influência de estados estrangeiros na tomada de decisões da UE - um fenómeno exposto pelo recente escândalo do Qatargate onde o estado do Golfo tentou influenciar Bruxelas por meio de subornos e presentes por meio de organizações intermediárias, lembra o jornal.
Um porta-voz da Huawei disse que a empresa não sabia que a equipa de Bruxelas estava a ser investigada. E frisou que é independente do estado chinês: "A Huawei é uma operação comercial", disse.
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