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Web Summit 2022: no ano da cibersegurança, não faltam denunciantes e grandes marcas de tecnologias

Web Summit 2022: no ano da cibersegurança, não faltam denunciantes e grandes marcas de tecnologias
TIAGO MIRANDA

Entre a visita do primeiro ministro em género de revista e o encerramento com o presidente da República vão quatro dias de feira de tecnologias e empreendedorismo em Lisboa. A fórmula é a mesma de sempre: convidar denunciantes dos abusos do sector das tecnologias e trazer pessoas de fora para debaterem o impacto das tecnologias. Curiosamente, as grandes marcas tecnológicas nunca falham

A Web Summit de 2022 já começou a dar sinais de vida no Parque das Nações, em Lisboa, e mais uma vez são os ecos da denúncia que servem de mote aos quatro dias de certame. Se em 2021, Frances Haugen foi a cabeça de cartaz depois de ter exposto as más práticas do Facebook, em 2022, é Mark MacGann a fazer o papel de chamariz, depois de revelar a estratégia da Uber para alegadamente manipular governos, taxistas e jornalistas. Em edições anteriores, já tinham passado pela Altice Arena e pela FIL o ex-operacional da CIA Edward Snowden, o cientista Stephen Hawking, o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, e Magrethe Vestagher, vice-presidente da Comissão Europeia. Todos eles apontaram o dedo aos abusos das grandes tecnológicas. E mesmo sendo um evento de tecnologias, o formato não muda.

“Não estaríamos a fazer bem o nosso trabalho se não tivéssemos aqui pessoas com quem outras pessoas discordam”, diz Paddy Cosgrave, líder da empresa CIL e mentor da Web Summit. “Claro que há quem prefira que não tenhamos denunciantes; mas se fosse assim, teríamos uma conferência muito desagradável”, repete o empresário irlandês.

Quem tiver visitado as feiras que dominavam as tecnologias até ao final da primeira década deste milénio compreende o apego que os estrategas da Web Summit sempre tiveram pelas personalidades alternativas, desalinhadas ou mesmo proscritas, que geram engulhos e engasgos aos magnatas, mas são também bastas vezes as interlocutoras prediletas de futuristas, cientistas e filósofos. Estranhamente, nas feiras de tecnologias tradicionais que eram dominadas por engenheiros e gestores quase nenhuma destas personalidades visionárias e controversas tinha palco – mas não faltavam jovens hospedeiras de stand, metidas em fatos garridos, curtos e justos.

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