No segundo trimestre de 2025, a maioria dos edifícios licenciados destina-se a novas construções para habitação familiar. Já o índice de produção na construção aumentou 2,7% em julho, um valor idêntico ao registado no mês anterior
Jornalista
O licenciamento de edifícios abrandou entre abril e junho de 2025, com 6,5 mil imóveis licenciados. Ainda que tenha sido registado um aumento de 4,3% face ao período homólogo, este valor está significativamente abaixo dos 27,6% registados no 1.º trimestre de 2025, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em termos gerais, o índice de produção no sector da construção cresceu 2,7% em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024 - uma variação idêntica à observada no mês anterior, revela ainda o INE.
Ainda em julho o índice de emprego registou um crescimento de 3% em termos homólogos, na mesma altura em que o índice das remunerações conheceu uma desaceleração de 5,7 pontos percentuais.
Do total de edifícios licenciados (6,5 mil), 76% destina-se a novas construções, dos quais a grande maioria servirá como habitação familiar. Por outro lado, foram licenciados para demolição 309 edifícios, correspondendo a 4,8% do total.
Açores, Algarve e Alentejo foram as únicas regiões que registaram diminuições no número de edifícios licenciados. O crescimento mais acentuado registou-se em Setúbal com 17,3%, seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo, Centro e no Norte. A Madeira apresentou uma variação nula neste indicador.
Relativamente ao tipo de construção, no segundo trimestre de 2025, o licenciamento de edifícios para construções novas cresceu 4,4%, mas registou uma a diminuição de 7,9% em comparação com o trimestre anterior. Enquanto o licenciamento para obras de reabilitação aumentou apenas 6,1%, o que se traduz numa desaceleração face aos 20,4% registados no anterior trimestre.
Os fogos de construções novas destinados à habitação familiar aumentaram 17,9%, com 10,4 mil imóveis registados. Um indicador também abaixo do aumento de 39,1% registados entre janeiro e março de 2025. Alentejo e Lisboa foram as únicas regiões com decréscimos neste tipo de licenciamento.
No segundo trimestre de 2025, estima-se que tenham sido concluídos 3,9 mil edifícios em Portugal, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções. Valor que corresponde uma diminuição de cerca de 15% face ao mesmo período de 2024.
Este valor solidifica uma trajetória de redução já observada no trimestre anterior de 2025, quando foi registada uma redução de 10,5%.
Apenas a Madeira registou crescimento no número de edifícios concluídos, com um aumento de 26,2%. “Nas restantes regiões observaram-se decréscimos, com destaque para as maiores reduções na Grande Lisboa (-27,4%), no Oeste e Vale do Tejo (-25,8%), na Região Autónoma dos Açores (-23,0%), no Algarve (-22,2%) e na Península de Setúbal (-20,7%), todas acima dos 20,0%”, avança o INE.
As construções novas também neste indicador foram predominantes, com 83,4% do total de edifícios concluídos, dos quais mais de 80% se destina a habitação familiar. Mas a nível nacional, a conclusão destas construções novas diminui 15,4% face ao 2.º trimestre de 2024. Também neste indicador a Madeira foi a única a registar uma variação positiva.
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