No primeiro trimestre deste ano, o mercado de escritórios em Lisboa e no Porto registou um aumento na ocupação, de acordo com o relatório Office Flashpoint, divulgado esta segunda-feira pela consultora imobiliária JLL.
Em Lisboa foram ocupados 73.700 metros quadrados de área de escritórios, marcando um aumento de quase quatro vezes em comparação com o mesmo período do ano passado. O destaque vai para duas operações de grande dimensão, totalizando 59% da área ocupada, incluindo a aquisição de 26.700 metros quadrados pela Caixa Geral de Depósitos no Parque das Nações.
No Porto, a ocupação nos primeiros três meses do ano atingiu os 18 mil metros quadrados, mais do dobro do trimestre homólogo de 2023. São realçadas também operações de grande dimensão, como a ocupação de 4 mil metros quadrados por uma empresa no Matosinhos Office Center.
“Os resultados do primeiro trimestre deixam-nos bastante animados para as projeções do ano. O Porto, mantendo níveis de atividade inferiores a Lisboa, tem uma dinâmica saudável e bons índices de procura. Em Lisboa, mesmo se anularmos o efeito das duas grandes transações, que naturalmente não constituem um padrão habitual do mercado, teríamos uma ocupação do trimestre à volta dos 30.000 metros quadrados. Isso traduz um crescimento homólogo superior a 50%, o que é um excelente indicador da atividade da procura”, afirmou Sofia Tavares, diretora de arrendamento de escritórios da JLL.
Foram registadas 41 operações de ocupação de escritórios na capital nos primeiros três meses do ano, enquanto no Porto verificaram-se 22.
No que diz respeito à distribuição geográfica, o Parque das Nações foi a zona mais dinâmica em Lisboa, representando 39% da ocupação, seguida pelas novas áreas de escritórios, com 35% do total. Enquanto isso, no Porto, Matosinhos destacou-se com 43% da ocupação total.
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