Imobiliário

Preços das casas em Portugal subiram 10% no terceiro trimestre de 2023, acelerando no Porto, mas abrandando em Lisboa

Preços das casas em Portugal subiram 10% no terceiro trimestre de 2023, acelerando no Porto, mas abrandando em Lisboa

Entre julho e setembro de 2023 o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal acelerou, tendo atingido os 1641 euros por metro quadrado. Os preços aceleraram em municípios como Barcelos, Porto e Guimarães, mas não em Lisboa nem no Funchal

No terceiro trimestre do ano passado os preços por metro quadrado (m2) das casas aceleraram em Portugal, tendência que marcou 13 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira.

Segundo o gabinete estatístico, entre julho e setembro de 2023 o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1641 euros por m2, correspondendo a um crescimento de 10% face a igual período de 2022. Ou seja, houve uma aceleração face ao segundo trimestre do ano, quando a variação homóloga tinha sido de 9%.

De acordo com o INE, o preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 22 das 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o crescimento na Região Autónoma da Madeira, de 43%.

Em sentido inverso, as sub-regiões Beira Baixa (-8,2%), Douro (-4,4%), Alto Alentejo (-2,4%) e Baixo Alentejo (-0,3%) registaram as únicas diminuições homólogas dos preços da habitação no período em análise.

Analisando os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, o INE nota que os preços aceleraram em 13 municípios e desaceleraram em 11.

Entre os 13 municípios cujos preços aceleraram, destacam-se Barcelos e Guimarães, cujas taxas de variação homóloga aceleraram 9,1 pontos percentuais e 8,9, respetivamente. Em comparação, a mesma taxa acelerou 5,8 pontos no Porto, onde a habitação apresentava no terceiro trimestre preços 19,2% mais altos do que um ano antes.

Já em Lisboa os preços no terceiro trimestre apresentavam uma variação homóloga de 7,3%, menos 5,6 pontos percentuais do que no segundo trimestre. Apesar da desaceleração, a capital continua a ser o município com os preços mais elevados do país, com o metro quadrado a custar 4167 euros.

O INE destaca, por fim, o Funchal, que registou a maior desaceleração dos preços (menos 13,2 pontos), mas ainda assim os preços cresceram mais de 20%.

Estrangeiros pagam mais nas regiões de Lisboa e Porto

Olhando apenas para as regiões com os preços mais elevados, Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto, estas “apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)”.

Ainda assim, o INE destaca, particularmente, as sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, cujo o preço mediano das transações efetuadas por estrangeiros superou em 83,4% e 56,4%, respetivamente, o preço das transações efetuadas por pessoas que vivem em Portugal.

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