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Pandemia e guerras ‘empurram’ estrangeiros para as zonas rurais, mas ainda são os portugueses quem ali compra mais casas

Pandemia e guerras ‘empurram’ estrangeiros para as zonas rurais, mas ainda são os portugueses quem ali compra mais casas
D.R.

Aspetos como o trabalho remoto, a segurança, preços e a qualidade de vida impulsionam a compra de habitação no interior do país e os estrangeiros têm ajudado a dinamizar o mercado

Elisabete Soares

“Duas em cada cinco vendas de casas que realizei destinam-se a pessoas que vêm de fora do país, estrangeiros ou nacionais de outras regiões”. A afirmação é de Vítor Alves, consultor da agência de mediação imobiliária Zome, que trabalha sobretudo na região norte do país.

Nos últimos três anos – coincidindo com o período da pandemia – a procura de Portugal por parte dos estrangeiros para comprar casa aumentou significativamente, afirma. “No início foram famílias brasileiras, por causa da pandemia, agora são sobretudo dos países que estão a fugir da guerra, como as ucranianas e as israelitas”, diz. “Desde que começou o conflito fiz duas vendas para famílias israelitas que escolheram o nosso país pela segurança”, acrescenta Vítor Alves.

Também a rede ERA – com base nos dados das agências que trabalham o interior do país – destaca que, em comparação com os anos imediatamente anteriores à pandemia, 2021, 2022 e 2023 “registaram um aumento de 7% no número de casas vendidas em distritos do interior do país”, refere Rui Torgal, presidente da ERA Portugal. E acrescenta que no total as agências desta rede “venderam 6077 imóveis no período anterior ao surgimento da Covid-19 e 6490 no período posterior”.

Vila Real e Guarda no topo das preferências

O responsável da ERA indica que os distritos do interior que registaram maiores aumentos foram Vila Real (+74%), Guarda (+47%) e Santarém (+37%). Os outros distritos considerados nesta análise foram Braga, Bragança, Viseu, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja, São Miguel e Funchal.

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