Imobiliário

Grupo Casais investe €167 milhões em Guimarães em novo empreendimento focado na inovação

Grupo Casais investe €167 milhões em Guimarães em novo empreendimento focado na inovação
D.R.

No MITH o grupo Casais quer ter um polo de inovação com habitação, empresas e áreas verdes, sem esquecer a proximidade à Galiza nem a ligação à Universidade do Minho

Elisabete Soares

O grupo Casais inaugura esta quarta-feira em Guimarães a primeira fase do MITH - Minho Innovation and Technology Hub, um projeto imobiliário que inclui escritórios e espaços empresariais, habitação e um hotel, num investimento total de 167 milhões de euros, a concretizar nos próximos anos.

Ao Expresso, António Carlos Rodrigues, presidente executivo do grupo Casais, afirma que “o MITH é um polo de inovação que combina tecnologia avançada, inovação sustentável e qualidade de vida”.

Em causa, acrescenta António Carlos Rodrigues, está uma aposta “ecológica e sustentável” com espaços dedicados ao trabalho, à habitação, áreas verdes e ciclovia. O objetivo é “impactar o ecossistema empresarial, criar desenvolvimento nesse campo e atrair empresas inovadoras, nómadas digitais e empreendedores”.

A localização, em Guimarães, é pensada de forma estratégica para as empresas, de forma a aproveitar as acessibilidades, a par da proximidade ao Aeroporto Sá Carneiro, a Braga e a Vila Nova de Famalicão, dois polos de serviços e indústria da região Norte, sem esquecer o potencial da proximidade da Galiza (Espanha) para o desenvolvimento e ligações de várias empresas.

Ligação com Universidade do Minho

Próximo do Campus de Azurém, da Universidade do Minho, onde estão a Escola de Engenharia e a Escola de Arquitetura, Arte e Design, o MITH quer promover sinergias entre empresas e empreendedores, numa dinâmica que visa os 3700 alunos dos cursos de engenharia, arquitetura e urbanismo, ambiental e sustentabilidade e design, entre outros, juntamente com um conjunto de centros de inovação e investigação instalados no Campus de Azurém da Universidade do Minho.

Empresas do grupo como a TopBIM, BluINT, BluFab e BluMEP estão também neste espaço com “o propósito de motivar a presença de especialistas do setor, das áreas de arquitetura, engenharia e construção, mas também especialistas de BIM (modelagem de informação da construção), alunos, recém-licenciados e empresas que pretendam dinamizar a transformação digital na componente da sustentabilidade e digitalização”, acrescenta o presidente do grupo Casais.

D.R.

O grupo Casais segue um modelo de construção híbrida, juntando madeira e betão, e procurando reduzir a pegada de carbono.

A primeira fase do projeto, já concluída, num investimento de 17 milhões de euros, inclui o espaço da empresa Sítio, dedicado a escritórios flexíveis, em regime de ‘co-work’, com 1200 metros quadrados (m2) de área e 202 postos de trabalho, um hotel B&B e 44 apartamentos/estúdios, destinados sobretudo ao arrendamento empresarial.

Responder à falta de habitação

Quanto à segunda fase, de acordo com o responsável, terá maior dimensão e “contempla 16 mil m2 adicionais para fins profissionais, aos quais se adicionam 40 mil m2 destinados a habitação.

De acordo com o presidente do grupo, “está previsto um investimento adicional de 150 milhões de euros ao longo dos próximos 10 anos”.

António Casais sublinha que este projeto e a aposta no segmento de habitação refletem, em parte, “uma resposta proativa ao crescente desafio da falta de habitação em Portugal, uma problemática que tem sido motivo de preocupação nos últimos tempos”.

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