Florença proibe a abertura de mais Airbnb no seu centro histórico

Câmara da cidade italiana tomou a decisão esta segunda-feira à noite, face ao aumento de 42% das rendas, com o objetivo de disponibilizar mais habitação aos locais
Câmara da cidade italiana tomou a decisão esta segunda-feira à noite, face ao aumento de 42% das rendas, com o objetivo de disponibilizar mais habitação aos locais
Novos arrendamentos turísticos de curta duração, em plataformas como a Airbnb, ficaram proibidos no centro histórico de Florença, na sequência de medidas avançadas por autoridades locais com o objetivo de disponibilizar mais habitação à população local, avança o “The Guardian”.
Florença aprovou estas regras na noite de segunda-feira, no âmbito de um pacote que também contempla incentivos fiscais a proprietários de edifícios que decidam migrar dos arrendamentos turísticos para os tradicionais.
“Em 2016, tínhamos menos de 6 mil apartamentos anunciados no Airbnb; hoje temos 14.378”, frisou o presidente da câmara de Florença, Dario Nardella (do Partido Democrático, de centro-esquerda), citado pelo diário britânico. O autarca lembrou que no mesmo período o custo médio das rendas residenciais normais subiu 42%.
O presidente da câmara de Florença também realçou que este ano as rendas na cidade subiram mais de 15%, e que os planos do Governo italiano para travar plataformas como a Airbnb foram dececionantes.
O problema dos arrendamentos de curta duração em plataformas como a Airbnb, e os desequilíbrios causados a nível de inflacionamento da habitação para os locais continua a levantar acesa polémica, em Itália e não só – Nova Iorque, por exemplo, tornou mais rigorosas as regulamentações sobre arrendamentos de curta duração.
Marco Stella, coordenador regional do partido italiano Forza Italia, que integra a coligação de direita, disse que iria recorrer ao tribunal administrativo contra a decisão da câmara de Florença.
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