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Metade das casas vendidas em 2023 ainda não estão construídas

O ritmo de construção nova não satisfaz a procura
O ritmo de construção nova não satisfaz a procura
Getty Images

Apesar do contexto de crise e aumento das taxas de juro, a compra de casas em planta é elevada, revela Confidencial Imobiliário. Compradores pagam 20% no Contrato de Promessa de Compra e Venda e o restante só daqui a dois anos quando a casa estiver construída

Metade dos maiores empreendimentos residenciais que começaram a ser comercializados nos primeiros seis meses deste ano já foi absorvida pelo mercado, revela a base de dados Edifícios em Comercialização, elaborada pela Confidencial Imobiliário. No primeiro semestre, foram postos no mercado 121 projetos residenciais num total de 4719 fogos, segundo a mesma fonte (ver gráficos). Uma redução de 50% da oferta face à média semestral de 184 empreendimentos e de 8,2 mil fogos lançados no ano passado.

Os analistas contactados pelo Expresso destacam o abrandamento do lançamento de novos projetos imobiliários face aos anos anteriores acompanhado pela deslocação da oferta de habitação nova para os segmentos mais altos do mercado, menos dependentes do financiamento bancário. Por outro lado, assiste-se também a uma certa inversão do movimento da promoção imobiliária para as periferias, tendência que já se desenhava ainda antes da subida dos juros. Argumentam ainda que tudo isto são fatores que não deixam de agravar a situação das famílias portuguesas de classe média no acesso à habitação.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hmartins@expresso.impresa.pt

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