O valor mediano com que os bancos avaliaram as casas em Portugal no primeiro mês do ano foi de 1485 euros por metro quadrado (m2), mais 27 euros que em dezembro, e atingiu um novo recorde, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.
Este valor representa um aumento de 1,9% face a dezembro e uma subida de 14,9% face ao mês homólogo.
Este valor está, todavia, dependente do número de avaliações bancárias feitas pelos bancos às casas dos portugueses e, em janeiro, o número de avaliações caiu pelo oitavo mês consecutivo. Foram cerca de 22 mil as avaliações feitas, menos 25,8% que no mesmo mês em 2021 e menos 33,3% que em maio - quando o número de avaliações atingiu um recorde.
Algarve e Lisboa continuam a ser as regiões mais caras
Por região, verifica-se que o maior crescimento face ao mesmo mês de 2022 deu-se no Algarve (17,4%) e o menor aumento deu-se nos Açores (7,5%).
O Algarve é, aliás, uma das regiões que apresentam valores superiores à mediana do país (40,7% acima), seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (33,9%), Alentejo Litoral (3,3%) e a Madeira (1,1%).
Já a região das Beiras e Serra da Estrela foi a que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-50,4%), nota o gabinete estatístico.
Em relação a dezembro, o Algarve e a AML registaram percentagens superiores em relação à média do país e a percentagem das Beiras e Serra da Estrela caiu ainda mais.
Por tipo de alojamento o metro quadrado é, outra vez, mais caro nos apartamentos que nas moradias. No primeiro caso, o m2 fixou-se em 1672 euros, mais 16,4% que em janeiro de 2022. Já nas moradas o m2 caiu, tendo atingindo os 1152 euros (menos 11,1% que no mês homólogo).
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