Imobiliário

Alojamento Local: Governo fala em “suspensão”, mas a câmara do Porto coloca em consulta pública novo regulamento

Alojamento Local: Governo fala em “suspensão”, mas a câmara do Porto coloca em consulta pública novo regulamento
José Fernandes

O edital que estabelece as condições da consulta pública do regulamento municipal do Alojamento Local no Porto já foi publicado e vai entrar em vigor na quarta-feira, dia 22 de fevereiro

Elisabete Soares

A Câmara do Porto vai avançar com a consulta pública sobre o Regulamento Municipal para o Crescimento Sustentável do Alojamento Local do Porto, apesar de o Governo ter proposto a suspensão desta atividade no pacote de medidas do programa Mais Habitação, apresentado na última semana

De referir que o edital que estabelece as condições da consulta pública do regulamento municipal do Alojamento Local no Porto já foi publicado e vai entrar em vigor esta quarta-feira, dia 22, data da sua publicação no boletim municipal.

De acordo com a nota preliminar, este regulamento destina-se a “preconizar o equilíbrio entre a atividade turística e a componente residencial, no seio de uma urbe dinâmica e cosmopolita e com grande pressão urbanística, sendo o desiderato último, assegurar uma experiência turística única a todos os visitantes, contribuindo, simultaneamente, para a preservação do bem-estar de todos os que habitualmente residem e trabalham na cidade do Porto”.

O documento destaca, ainda que o “primeiro passo para uma aposta cada vez mais assente no crescimento sustentável tem que responder, de forma inequívoca, à assunção da existência de um perfeito equilíbrio entre o Alojamento Local e os imóveis disponíveis para habitação permanente, arrendamento de longa duração, e disponibilização de um mercado de arrendamento acessível”. Assim, destaca o documento, "é essencial garantir uma proporção entre os dois, através da definição de numerus clausus que garantam que o primeiro não se sobrepõe ao segundo e que o crescimento do turismo não traz implicações negativas para a comunidade residente e para a vivência da cidade".

Numa reação muita crítico sobre o conjunto de propostas do programa Mais Habitação, Rui Moreira, presidente da autarquia portuense considera que “medidas como a extinção de uma atividade económica tão relevante como o Alojamento Local, o arrendamento forçado de propriedade privada e o congelamento das rendas em novos contratos minam o fator-chave essencial na relação público-privada: a confiança”.

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