A Iberdrola registou no primeiro trimestre um resultado líquido positivo de 2,76 mil milhões de euros, mais 86% do que em igual período do ano passado, informou esta quarta-feira a elétrica espanhola em comunicado ao mercado.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) passou de 4,06 mil milhões de euros nos primeiros três meses de 2023 para 5,86 mil milhões de euros no mesmo período do corrente ano, crescendo 44%.
A melhoria do resultado foi conseguida apesar de uma quebra de 18% no volume de negócios, para 12,68 mil milhões de euros.
A Iberdrola explica que numa base recorrente o lucro teria crescido 28% (e não 86%), já que o resultado do primeiro trimestre foi impulsionado por fatores extraordinários, como a venda de ativos no México (com um contributo de 1,1 mil milhões de euros para o resultado líquido).
O EBITDA recorrente, também expurgado de fatores extraordinários, apresentou um crescimento de 10%.
Por áreas de negócio, a divisão de redes apresentou uma melhoria do EBITDA de 2%, para 1,69 mil milhões de euros, ao passo que a área de produção de eletricidade e de clientes aumentou o EBITDA em 72%, para 4,15 mil milhões de euros, em grande parte devido à mais-valia da venda de ativos no México. Considerando apenas Espanha, esta divisão viu o seu EBITDA crescer 2,7%, para 1,22 mil milhões de euros.
O investimento bruto no primeiro trimestre ascendeu a 2,38 mil milhões de euros, mais 36% do que no mesmo período de 2023.
Investimento no Tâmega concluído
No comunicado de resultados a Iberdrola dá ainda conta de que pôs em marcha os dois grupos geradores da central hidroelétrica do Alto Tâmega, com uma potência de 160 megawatts (MW), finalizando assim a entrada em operação do complexo hidroelétrico do Tâmega, que tem uma capacidade total de 1158 MW.
Na área da energia solar, a Iberdrola indica que está a preparar a entrada em operação das centrais fotovoltaicas Montechoro 1 e 2 (com 37 MW), situadas em Paderne, e a central fotovoltaica do Carregado (com 64 MW).
Estes projetos vêm somar-se a outros que a elétrica espanhola já explora há mais tempo em Portugal, em que se incluem, por exemplo, 92 MW eólicos e outros empreendimentos fotovoltaicos.
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